Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2010

Uma reflexão sobre a vida e a morte

Escatologia no nosso tempo O homem é essencialmente uma criatura cuja existência tem sido concluída sem pausas e adaptada para a vida terrena, e que dá uma impressão de falência, futilidade em toda a sua existência. Na medida em que este é o início ou no final de cada homem como ser natural, homens que são produzidos pela evolução das espécies e voltam para a vida da natureza, em que, por conseguinte, procriação e morte são fenômenos inerentes à natureza, parece ser feito para reduzir-se até mesmo como um ser espiritual a um fenômeno natural, e esta redução é oferecida na sua maioria como a sabedoria purificadora da humanidade. A pessoa que abusou da vida permite-se agora, ver a felicidade eterna como um fruto proibido, ou talvez mais tarde em outro momento, buscar a salvação e felicidade eterna; essa busca não pode ser ignorada, mesmo quando os homens alegam ter chegado ao seu fim por ter vivido neste mundo de maneira imoral e imperfeita. O espírito deve ser fortemente testado e n

Breve análise do Diretório da Pastoral Familiar

  Com o voto quase unânime na 42ª Assembleia da CNBB, realizada no ano de 2004, o Episcopado brasileiro manifestou, diante da sociedade do País e diante da consciência de todos os membros da Igreja, a dignidade que o próprio Criador deu ao matrimônio e como também a Sua Santidade como sacramento. Reconheceu e declarou, sem ambiguidades, a insubstituível dignidade e a missão da família. Com isso, encoraja e orienta as inúmeras iniciativas pastorais em favor da família já existentes em grande número de dioceses e paróquias no Brasil, e fornece indicações claras tanto doutrinais quanto pastorais e operacionais. O documento, diretório da pastoral familiar, trata de questões de grande atualidade, é de louvável abrangência, de clareza didática e inscreve-se nas linhas da doutrina do Magistério universal da Igreja. O texto revela um competente conhecimento da realidade contemporânea, em grande parte desafiadora para o matrimônio e a família, quando não diretamente hostil a eles. Longe de apr

Diálogo entre fé e razão, por Urbano Zilles

Diálogo entre fé e razão, por Urbano Zilles* A toda hora, a mídia informa conflitos permanentes entre países e culturas, com invocação de Deus para justificar a violência, ataques à dignidade de pessoas e seus direitos, e abusos de poder contra a liberdade religiosa. Não raro, tais fenômenos ocultam um conflito entre expressões de caráter parcial da razão, e expressões pouco racionais da fé. Isto deveria acordar os intelectuais a refletir sobre a relação entre fé e razão, que não é um problema restrito à Igreja Católica, mas da sociedade global. Em diversas ocasiões, o papa Bento XVI apontou a necessidade de buscar um acordo para os fundamentos de uma ética universal. Quando ainda cardeal, na presidência da Congregação para a Doutrina da Fé, já pedia a colaboração das universidades para esse tema importante e urgente. Será difícil uma sociedade global e multicultural, sem um acordo sobre os pontos de convergência para um convívio harmonioso. As conquistas da tecnociência derrubaram

Ética - História

Ética Platão (à esquerda) e seu discípulo Aristóteles Todo mundo quer ser feliz. Isso é ponto pacífico. No entanto, o que é a felicidade? A resposta a essa questão é certamente matéria de muita discussão e controvérsia. Para uns a felicidade está na buscar do prazer. Para outros, o prazer tem como conseqüência a instabilidade, a dor e o sofrimento. Por isso, o ideal seria não dar asas às paixões e controlá-las. Também há quem pense que a perfeita felicidade só se encontra numa vida futura, que deve existir após deixarmos este "vale de lágrimas". Para outros, ainda, não é a felicidade que conta, o que importa é agir conforme o dever, ainda que isso exija muito desgosto. Essas questões - que qualquer pessoa sempre acaba se colocando algumas vezes, de um modo ou de outro - também têm sido preocupação de muitos filósofos, através dos tempos. Ao tratarmos dos valores, vimos que geralmente nos referimos às regras de conduta aceitas por um grupo ou uma pessoa, quando falamos

HOMEM: O SER DOTADO DA FACULDADE ANÍMICA DA RAZÃO

O CONHECIMENTO FUNDAMENTAL Karl Jaspers, filósofo contemporâneo, tinha uma característica própria de lidar com a tinta e o papel. De uma linguagem ímpar, este filósofo permite ao homem saciar sua sede de conhecimentos e ao mesmo tempo, leva este mesmo homem a uma inquietude profunda, diante da missão sempre nova de se lançar na aventura do filosofar em busca da verdade. Em relação ao universo e à História, expandimos continuamente os limites de nosso conhecimento. É como se nos perdêssemos no infinito das realidades cósmicas e históricas. Face a umas e outras, adquirimos consciência do passageiro e insignificante caráter de nossa existência. Mas, e o universo? Ele se cala. Saberá ele que existe? Em seu mutismo não divisamos o menor sinal de um conhecimento dessa ordem. Nós, porém, sabemos que ele existe. Nós somos estes seres extraordinários que sabem que o universo, essa imensidade, existe. E podemos estudá-lo. Nossa consciência do nada que é o ser humano transforma-se no seu contrár

Se eu fosse uma águia...

A águia é chamada a rainha das aves, pois é a que voa mais alto; faz inveja às outras. A propósito, há uma fábula muito interessante sobre a águia. Diz ela que um caçador, nas montanhas, certa vez encontrou um ninho de águia, com alguns ovos. Tomou um deles e levou para sua casa e o colocou sob uma galinha que chocava. E assim, nasceu um filhote de águia entre os pintinhos. A galinha, com o mesmo cuidado dedicado aos filhotes, criou a aguiazinha. Esta aprendeu a comer a comida dos pintinhos e a fazer tudo o que os irmãozinhos faziam, como se fosse um pintinho. Foi crescendo e vivendo naquele galinheiro, como se fosse uma galinha, sem suspeitar que tinha tudo para voar nas alturas e dominar os céus. Mas não aprendeu a voar... Um belo dia, a nossa águia de galinheiro viu outra águia voando nas alturas, dona dos céus. Achou aquilo maravilhoso. Chegou à sua mãe e lhe perguntou: Que ave é aquela, que voa tão lindo nas alturas? Como deve ser feliz! Ao que a sua mãe lhe respondeu: Minha filh

O que é política?

A palavra política surgiu na Polis (cidade) Grega, a sua definição científica é a ciência do bem comum. A política encarrega-se de organizar a sociedade evitando que chegue a um caos sem ordem ou a uma bagunça, tratando da convivência dos diferentes. A verdadeira coisa política é o persuadir um ao outro, o convencer um ao outro. O maior objetivo ou talvez o único da política é à busca da liberdade, um indivíduo forma uma opinião e pode expressá-la, é ter o direito à igualdade. Mas uma coisa é certa: a política é uma criação da natureza humana e está em toda parte (mesmo que poucos saibam disto), pois é a convivência existente entre os homens. Apesar da importância deste assunto, são poucos os que se interessam. O motivo deste desinteresse é muito fácil: vivemos numa sociedade onde uma fração de indivíduos que no seu agir politicamente procura, nada mais, nada menos, beneficiar-se. Os nossos governantes não querem cidadãos críticos, mas sim "ovelhas" para guiarem e facilmente

Frases de Gandhi

Frase de GAndhi: "A única revolução possível é dentro de nós.” Frase de GAndhi: "A regra de ouro consiste em sermos amigos do mundo e em considerarmos como uma toda a família humana. Quem faz distinção entre os fiéis da própria religião e os de outra, deseduca os membros da sua religião e abre caminho para o abandono, a irreligião.” Frase de GAndhi: "A não-violência não existe se apenas amamos aqueles que nos amam. Só há não-violência quando amamos aqueles que nos odeiam. Sei como é difícil assumir essa grande lei do amor. Mas todas as coisas grandes e boas não são difíceis de realizar? O amor a quem nos odeia é o mais difícil de tudo. Mas, com a graça de Deus, até mesmo essa coisa tão difícil se torna fácil de realizar, se assim queremos.” Frase de GAndhi: "Mas creio que a não-violência é infinitamente superior à violência, o perdão é mais nobre que a punição. O perdão enobrece um soldado. Mas a abstenção só é perdão quando há o poder para punir; não tem senti

A Maturidade

A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado. Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que começa a brincar. A maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade. Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas já adultas pensam assim, trata-se da incapacidade de amar, falta de maturidade. Todos os encontros de Jesus levam a implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantar esse reino quem é adulto, que já entende que só se começa a amar a partir do momento, que eu não quero mudar quem eu amo. Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado, é porque nos r

Natal: Jesus ou Papai Noel?

Aproxima-se o Natal. Curioso como, numa sociedade tão laicizada como a nossa, na qual predomina a tendência de escantear a religião para a esfera privada, uma festa religiosa ainda possa constituir um marco no calendário dos países do Ocidente. Há nisso uma questão de fundo: o ser humano é, por natureza, lúdico e sociável, o que o induz a ritualizar seus mais atávicos gestos, como alimentar-se ou se relacionar sexualmente. Além de elaborar, condimentar e enfeitar sua comida, o que nenhum outro animal faz, o ser humano exige mesa e protocolo, como talheres e a sequência prato forte e sobremesa. No sexo, não se restringe ao acasalamento associado à procriação. Faz dele expressão de amor e o reveste de erotismo e liturgia, embora o pratique também como degradação (prostituição, pornografia e pedofilia) e violência (jogo de poder entre parceiros). O Carnaval, como o Natal, era originariamente uma festa religiosa. Nos três dias que antecedem a Quaresma, período de jejum e abstinência reco

SOBRE O AMOR, ROSAS E ESPINHOS...

Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor. O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou. O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto." O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar. O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!" Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me

POUCAS PALAVRAS!

Não há ser humano sem luta. Cada um sofre o seu tanto para ser o que é. O sangue derramado, fruto do amor à causa a que se dedica é a prova de que a luta aconteceu. Sangue é metáfora do sacrifício. Dizem que o Sagrado é a realidade que foi separada para ser ofertada sobre o altar preparado. Acho bonito pensar assim. Sacralizar é o mesmo que resguardar realidades particulares e públicas, zelando para que não corram o risco da banalização que profana e esvazia o significado. Hoje a palavra é breve, mas o significado não. Espero que dilate no coração de quem precisa ouvir: "Sou filosofo e cristão, sou sacerdote, profeta e rei e sou feliz por ser feito dessas realidades vindas de Jesus." Não me penso vivendo outra realidade, nem tampouco sendo outra coisa. Quem quiser se aproximar, que se aproxime, mas não venha para desrespeitar o Amor que me faz amar. "Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é

NORMAS PARA CONFECÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

                                  APRESENTAÇÃO GRÁFICA Prof. Msc. Joel Irineu Lohn (org.) 1. Tipo de papel: Recomenda-se a utilização de papel branco, no formato A-4 (210 mm X 297 mm ). 2. Digitação:        Recomenda-se as seguintes características: a) utilização de um só lado do papel (Anverso da folha); b) espaço entre linhas  1,5; c) espaço entre linhas simples para: notas de rodapé, citações longas, indicações de fontes de tabelas, referências bibliográficas e nota explicativa na página de rosto; d) alinhamento justificado para todo o texto; e) alinhamento à esquerda para referências bibliográficas e notas; f) Fonte Times New Roman, tamanho 12, para todo o texto. Sugere-se a utilização de tamanho 10,  para citações longas e notas de rodapé. g) Os  títulos e sub-títulos dentro de um capítulo ou unidade, recebem alinhamento à esquerda e são digitados em negrito (Times NewRoman, tamanho 12). h) Os títulos de capítulos são centralizados e são digitados em negrito, tamanho 14. 3. 

A técnica do DCD; Duvidar, Criticar, Determinar.

O Dr. Augusto Cury (psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor, com livros publicados em 40 países) apresenta em seu fabuloso livro Seja líder de si mesmo , uma técnica bastante positiva para superação dos conflitos existenciais. Ocorre que todos (uns mais outros menos) vivemos angústias e conflitos interiores, debatemo-nos em dúvidas, incertezas, indecisões e normalmente perdemo-nos em aparências ilusórias que alimentamos sob pretextos vários. Igualmente deixamo-nos dominar por pensamentos e posturas equivocadas de outras pessoas, esquecendo-nos de que todos guardamos o tesouro das possibilidades dentro de nós mesmos. Por outro lado, permitimo-nos escravizar por medos, neuroses, melindres, ressentimentos, mágoas e tudo o mais que o leitor já conhece do comportamento e das tendências humanas. Pois sugere o Dr. Cury que usamos a técnica do DCD, que significa D uvidar, C riticar, D eterminar. Sim, DUVIDAR das ideias dramáticas que muitas vezes alimentamos; DUVIDAR das circunstância

NÃO EXISTE UM "FAVORITISMO" DIVINO

A suposta “eleição” de Deus A partir do reconhecimento da particularidade da revelação cristã como uma necessidade histórica, vamos ver seu significado em relação com a revelação nas outras religiões. E veremos que, mesmo em “teoria” se tenha aceitado que Deus está salvificamente presente em todos, ainda se abre espaço para o preconceito segundo o qual Ele só se revelou na tradição bíblica e ao povo de Israel. Não existe um “favoritismo” divino A “eleição” de uns seria o abandono dos demais; na melhor das hipóteses, esperando que os eleitos, mais tarde, instruam os outros. O Deus que “quer que todos sejam salvos” busca, por todos os meios, fazer-se sentir o mais rápida e intensamente possível por todos os homens e mulheres desde a criação do mundo. Não descuida de ninguém, nem há nele “acepção de pessoas” (cf. Rm 2,11). Cada tradição o recebe à sua maneira e segundo a limitada medida de suas capacidades, em todas está presente e de todas se serve para ajudar os outros. É como se Deu

CRISTIANISMO E ESPIRITISMO

CRISTIANISMO E ESPIRITISMO Ak : abreviatura de Allan Kardec- Autor: Dilson Kutscher O espiritismo é cristão? Não, não é, finalmente um espírita autêntico proclama esta verdade em alto e bom tom: No livro "À Margem do Espiritismo" (FEB, 3ª edição, 1981, pág. 214), do espírita Carlos Imbassahy, lemos: " "Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. O espiritismo não é um ramo do cristianismo" como as demais seitas cristãs. Nãoascenta os seus princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. A discussão, no terreno em que se acha, seria ótima com católicos, visto como católicos e protestantes baseiam seus ensinamentos nas escrituras. Mas a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome espiritismo."" O espiritismo nega dezenas de verdades cristãs proclamadas ao longo dos séculos: A Bíblia: pela frase acima, vemos que a Bíblia é uma das verdades negadas pelo Espiritismo. Seus doutrinadores se referem a esta em tom jocoso ou