Pular para o conteúdo principal

Se eu fosse uma águia...

A águia é chamada a rainha das aves, pois é a que voa mais alto; faz inveja às outras.
A propósito, há uma fábula muito interessante sobre a águia. Diz ela que um caçador, nas montanhas, certa vez encontrou um ninho de águia, com alguns ovos. Tomou um deles e levou para sua casa e o colocou sob uma galinha que chocava. E assim, nasceu um filhote de águia entre os pintinhos. A galinha, com o mesmo cuidado dedicado aos filhotes, criou a aguiazinha. Esta aprendeu a comer a comida dos pintinhos e a fazer tudo o que os irmãozinhos faziam, como se fosse um pintinho. Foi crescendo e vivendo naquele galinheiro, como se fosse uma galinha, sem suspeitar que tinha tudo para voar nas alturas e dominar os céus. Mas não aprendeu a voar...

Um belo dia, a nossa águia de galinheiro viu outra águia voando nas alturas, dona dos céus. Achou aquilo maravilhoso. Chegou à sua mãe e lhe perguntou: Que ave é aquela, que voa tão lindo nas alturas? Como deve ser feliz! Ao que a sua mãe lhe respondeu: Minha filha, aquela é uma águia, a rainha das aves, só ela consegue voar tão alto. Isto não é para nós, nós somos apenas galinha!

E, assim, conformada, a pobre águia de terreiro, acreditando que fosse apenas uma galinha, viveu toda a sua vida naquele galinheiro, e ali morreu, sem conhecer as alturas. Talvez, fiquemos inconformados com a estória dessa pobre águia; no entanto, muitos homens; quiçá a maioria, vive nas mesmas condições. Arrastam-se pela vida, infelizes, sem conhecer o valor que têm. Somos filhos de Deus, pelo Batismo. Mas muitos vivem sem saber disso.

Será que pode haver dignidade maior para nós? Somos águias de verdade, chamados a viver nas alturas do céu. No entanto, desconhecendo a riqueza que trazemos em nós, vivemos muitas vezes como mendigos infelizes. A Igreja nos ensina que o nosso Batismo, que custou o sangue e a morte de Cristo, faz de cada cristão um filho de Deus, membro do Corpo de Cristo, irmão de Cristo, herdeiro do Céu. Cremos nisso? Vivemos de acordo com esta realidade? Ou será que nos arrastamos como uma águia de galinheiro?

Somos filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança (Gen. 1,27).
Só nós recebemos do Criador a inteligência, a memória, a vontade, a sensibilidade, essas mãos incríveis, capazes de construir coisas tão fascinantes. Temos uma alma imortal...

Mas toda essa potencialidade e beleza só poderão leva-lo às alturas, se você viver como quer o Criador, Aquele que quis tudo isso para nós. Fomos chamados para viver Nele. Ele é o céu de nossas vidas. Nosso destino é Deus, nosso limite é o Céu. Aquele que não realizar essa união íntima e vital com Deus, e não entregar-se ao seu Criador, nunca viverá como um verdadeiro filho de Deus. São Paulo nos diz: Nele vivemos nos movemos e existimos (At 17,28).

Sem Deus, somos como um peixe fora da água: asfixiados, paralisados, sem vida, condenados à morte. Sem Deus somos águias de galinheiro! O Espírito Santo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus. E, se filhos, também herdeiros (Rom 8,16´17).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A técnica do DCD; Duvidar, Criticar, Determinar.

O Dr. Augusto Cury (psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor, com livros publicados em 40 países) apresenta em seu fabuloso livro Seja líder de si mesmo , uma técnica bastante positiva para superação dos conflitos existenciais. Ocorre que todos (uns mais outros menos) vivemos angústias e conflitos interiores, debatemo-nos em dúvidas, incertezas, indecisões e normalmente perdemo-nos em aparências ilusórias que alimentamos sob pretextos vários. Igualmente deixamo-nos dominar por pensamentos e posturas equivocadas de outras pessoas, esquecendo-nos de que todos guardamos o tesouro das possibilidades dentro de nós mesmos. Por outro lado, permitimo-nos escravizar por medos, neuroses, melindres, ressentimentos, mágoas e tudo o mais que o leitor já conhece do comportamento e das tendências humanas. Pois sugere o Dr. Cury que usamos a técnica do DCD, que significa D uvidar, C riticar, D eterminar. Sim, DUVIDAR das ideias dramáticas que muitas vezes alimentamos; DUVIDAR das circunstância

O Conceito de Família no Século XXI | REDAÇÃO PERFEITA

 

ERA VARGAS - Resumo Desenhado - apoio de pesquisa para o 9ºA