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Mostrando postagens de 2012

O QUE É POLÍTICA

Na vida diária, as pessoas se referem à política como a ação do Estado e da organização institucional. Assim, o termo é utilizado para descrever a atividade parlamentar de um determinado político eleito, a ação dos partidos políticos por ocasião de campanhas eleitorais ou, ainda, para se referir ao ato de votar e escolher representantes que exercerão mandato e decidirão em nome dos eleitores. A política apresenta-se como arte de governar. Também se emprega o termo para expressar a multiplicidade de situações em que a política se manifesta: política económica, política sindical, política das igrejas. Nesse sentido, entende-se a política como a atuação de instituições ou de segmentos da sociedade civil com a finalidade de alcançar determinados objetivos. No entanto, ao contrário do que possa parecer, a política não diz respeito apenas aos políticos, mas a todos os cidadãos. Se considerarmos que a palavra política origina-se do grego polis, que significa "cidade", podemos compre

O livre arbítrio; Expressão usada para significar a vontade livre de escolha, as decisões livres.

  Há termos sinônimos, também usados para significá-lo, tais como liberum arbitrium, liberum voluntatis arbitrium, libertas arbitrii. O livre arbítrio, que quer dizer, o juízo livre, é a capacidade de escolha pela vontade humana entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos. Para os escolásticos, esse termo toma um sentido bem claro. É a capacidade do ser espiritual para tomar, por si mesmo (sem determinações de qualquer espécie), uma direção ante valores limitados conhecidos, para escolher ou não escolher um desses valores ou valores julgados limitados. Só há liberdade onde há apreensão de valor como real, mas dotado de limites. Onde, porém, o valor é absoluto, é natural que a vontade a ele se dirija por impulso natural, revelando uma aspiração necessária desse bem. O livre arbítrio não quer dizer de modo algum que é um querer sem causa como o pretendem interpretar alguns deterministas, que se opõem à sua aceitação. Liberdade de vontade não é ausência de ca

ECCE HOMO – O SAGRADO*

1. O que é o Sagrado? Pode ser palavra, experiência e objeto: a família, a vida, a experiência. O sagrado mantém a chama do mistério: de um lado de exaltação e outro de sombrio. O homem tem necessidade de crer em algo que dá sentido a vida, arraigado em suas crenças mais profundas e que atinge suas emoções. O sagrado se personifica em um Deus, Igreja, Doutrina ou num personagem. 2. O sagrado e a natureza Para os antepassados os céus manifestavam o sagrado. A natureza tinha formas familiares e personificação divina. A natureza permitia comunhão entre o homem e o divino. O mito era partilhado entre a comunidade. Neste sentido o sagrado é compreendido como conjunto de valores e idéias, e tem a função de dar sentido às causas da existência humana. 3. O sagrado e o fogo O temor da natureza, a terra e o céu eram fontes da reflexão. Surge o animismo: a crença que objetos são habitados por forças divinas e explicam as dúvidas do homem. A função do mito (sagrado) é dar respostas às questõe

O Verdadeiro amor vai alem das expectativas

O verdadeiro amor vai além das expectativas, o verdadeiro amor rompe com toda superficialidade. "Quer me amar? Venha descobrir primeiro quem eu sou". Se quisermos viver profundamente o amor, precisamos cultivar cotidianamente essas palavras em nossa vida e em nosso coração, pois é certo que não existe amor sem decepção, sem verdade; e só pode dizer que ama, aquele que descobre o outro em sua verdade ; em suas virtudes e imperfeições. Aí entra em cena a decepção e a partir dela o autêntico amor. Quando exigimos de algum ser humano certa divindade e extrema perfeição, tiramos dele aquilo que ele tem de mais precioso: a liberdade de ser gente, de ser imperfeito, de ser humano. Só pode fazer feliz um outro coração aquele que lhe dá a oportunidade de ser aquilo que é sem precisar fingir e representar para agradar, enfim, aquele que o deixa livre para que ele seja aquilo que é na sua essência e na sua verdade. Creio ser de grande valia abordar este tema neste mês de junho, no qual

Conhecer para amar

Abandonemos os ''rótulos'', valorizemos as oportunidades Ultimamente tenho conversado com muitas pessoas no trabalho ou em casa. Tenho percebido que muitas vezes nos deparamos com a nossa miséria e a do outro, e sem querer acabamos falando de alguém de alguma maneira boa ou ruim. Quando de uma maneira boa, ótimo! É preciso valorizar aquilo que é louvável em cada um, mas quando é aquilo que não nos agrada em alguém, acabamos por criar a imagem, talvez errada de qualquer pessoa que seja, poderemos perder uma ótima oportunidade de conhecer as riquezas que essa pessoa tem a nos oferecer . Através de fatos acontecidos comigo fui criando "falsas imagens" de algumas pessoas que me rodeiam devido a outras terem falado suas experiências negativas vividas com "A" ou "B". Não me aproximava dessas pessoas, já ia preparado para viver as mesmas experiências ou piores que as vividas pelos outros, comecei enxergar aquilo que pouco ou nem existia de defe

Fidelidade: coisa fora de moda?

A fidelidade está aliada à confiança, juntas exigem renúncias Muitos equipamentos eletrônicos têm como característica de sua performance a fidelidade na reprodução dos sons e imagens. Esta característica, que é valorizada nesses equipamentos, parece estar correndo risco de vida nas relações entre as pessoas. Percebemos que políticos não são fieis às suas ideologias nem aos seus eleitores; assim como pessoas que vivem sob o vínculo de um relacionamento também atropelam a fidelidade quando a consideram uma virtude fora de moda ou buscam realizar desejos reprimidos por muito tempo. Assumir com responsabilidade compromissos com uma pessoa ou instituição exige que manifestemos concordância com seus princípios por meio da sinceridade de nossos atos. Acredito que a fidelidade está aliada à confiança – as quais, juntas – exigem renúncias por parte daqueles que as valorizam. Sabemos que a ausência de uma dessas virtudes traz instabilidade e insegurança para a harmonia dos relacionamentos. Para

Legalização de drogas no Brasil: o debate marcado pela desinformação

Quero iniciar essa reflexão me valendo da visão do Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo, a respeito do debate surgido acerca da legalização do uso de maconha no país. No artigo “Legalização de drogas no Brasil: em busca da racionalidade perdida”, o professor chama a atenção para o fato de as pessoas se posicionam contra ou a favor da legalização sem estarem devidamente esclarecidas a respeito do assunto. Na verdade o teor ideológico da discussão sobressaiu aos questionamentos que deveriam nortear nosso posicionamento. O artigo do Dr. Laranjeira nos leva a avaliar a racionalidade e a oportunidade desse debate. E mais ainda, ele desafia o leitor a tentar estabelecer pontes com outras drogas de abuso (causas e efeitos sociais). Ao considerarmos o que propõe o autor do artigo citado ficamos, talvez, menos imparciais aos dados sobre o efeito da legalização de uma droga – sobretudo propor uma alternativa de p

O Filosofar como Prática de Cidadania

Introdução É próprio da filosofia a preocupação em criticar-se a si mesma, banindo qualquer tipo de preconceito que restrinja ou limite o seu próprio movimento de elaboração conceitual. Sendo assim, não existem propósitos ou demarcações ao filosofar que impeçam qualquer pensador de eleger os temas de sua investigação e os métodos que utilizará. Filosofar é antes de tudo, um exercício de liberdade de pensamento que não aceita ser tutelado por ideologias, religiões, projetos políticos ou crenças de qualquer espécie. Colocar tudo a prova, perguntar as razões e os motivos subjacentes às escolhas humanas para chegar às melhores razões e aos melhores motivos que permitam ampliar a liberdade de todos são algumas das características do filosofar. Frente aos desafios contemporâneos lançados à civilização na atual etapa da globalização, que passa rapidamente por transformações profundas, novamente a filosofia está desafiada naquilo que lhe é mais fundamental: elaborar conceitos que permitam c