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Imediatismo do olhar

Para todas as coisas que temos contato, desde as mais comuns quanto as mais imprevisíveis, tentamos encontrar uma explicação. Assim, baseados no cabedal que acuulamos durante a vida, damos respostas as nossas indagações. Existe algum problema nisso? Depende. Na maioria dos casos, sim. Aquilo que chamamos de olhar científico possibilita uma nova ferramenta para se avaliar todas as coisas que nos rodeiam, mesmo sabendo que todos nós, sem exceção, estamos carregados de senso comum. Essa ferramenta tem uma base puramente racional, e, como tal, procura se distanciar ao máximo de todas as possíveis idéias preconcebidas de quem está trabalhando com ela. É um trabalho moroso, mas recompesador, uma vez que possibilita, dentre outras coisas, derrubar dogmas e preconceitos nocivos.

Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, não entendiam quam eram aqueles serem nus, sem maldade no olhar, nem as árvores, os frutos, os animais. Assim, nas primeiras cartas, os navegantes tentavam explicar toda a riqueza da “Terra de Santa Cruz”: O que era uma manga, jabuticaba ou babaçu? Como descrever algo que além-mar ninguém nunca viu. Tentaram resolver esse problema comparando com aquilo que já haviam visto, seja com animais, com plantas. Neste mesmo caso, animais fantásticos, como o unicórnio, pode ter sido apenas um erro e ignorância: Alguns creem que pode ter sido apenas um cervo com alguma alteração genética. E como “quem conta um conto, aumenta um ponto”, todas as características místicas podem ter surgido através de boatos.

Tudo isso está respaldado naquele tal cabedal, o qual chamados de senso comum. As bases do senso comum seriam:

Imediatismo: o senso comum se caracteriza muitas vezes por ser simplista, ou seja, muitas vezes não e fruto de uma reflexão mais cuidadosa. Não se preocupa em definir nada muito bem, não tem, portanto, preocupação com a terminologia (ou seja, o significado das palavras) que emprega.

Superficialidade: a superficialidade dessa forma de conhecimento está relacionada com o fato de que ele se conforma com a aparência, “com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas: ‘porque vi’, ‘porque senti’, ‘porque disseram’, ‘porque todo mundo diz’.” (ANDER-EGG apud MARCONI e LAKATOS, 2003, p. 77)

Acriticidade: outra característica é o fato do senso comum ser, muitas vezes, uma forma de conhecimento que não aprofunda sobre que se vê, não avaliando, criticando ou questionando o que é dito.

Sentimentalismo: muitas vezes nossa visão da realidade é excessivamente marcada pelas nossas emoções normalmente tiram a objetividade da pessoa, pois são pessoais e não estão baseadas na razão. Elas podem fazer com que ajamos de forma irracional.

Preconceito: o senso comum é muitas vezes repleto de preconceitos. O preconceito é atitude de achar que já sabe, sem conhecer algo de verdade, pois usa explicações prontas que estão repletas de juízos de valor. Portanto, a atitude preconceituosa com relação à realidade e a tudo o que a cerca é aquela da pessoa que julga sem conhecer, com base no que acredita que é ou no que deva ser.

Esta suástica acima foi usada para trabalhar a idéia de senso comum com algumas turmas, até que uma colega do 1º J do EE Gal. Porphyrio da Paz citou esta tatuagem do Marcelo Dourado. Ela já fomentou algumas discussões até mesmo dentro os judeus, um caso muito estranho e que possivelmente está carregado de sentimentos destes mesmo judeus.

Para os pesquisadores de simbolos, tudo isso ficou bem claro: existem suásticas e suásticas. Mas e para as outras pessoas que nunca tiveram acesso a estes resultados. Espero que vocês possam aproveitar esse conhecimento.

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