Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2013

Voz no deserto

Nunca fui muito ligada em futebol, mas sempre me agradou o entusiasmo masculino por ele na minha casa, desde quando meu pai ouvia jogos nas tardes de domingo, no rádio (não, não havia televisão na minha infância, para espanto de um dos meus netos quando bem pequeno, provocando-lhe a deliciosa pergunta: “Mas não tinha dinossauro, né, vovó?”). Com o tempo e o convívio, acabei apreciando, mesmo sem entender, aquele jogo com termos e regras enigmáticos. Essa introdução é para dizer que me causaram admiração e tristeza os comentários do agora deputado Romário sobre o Congresso, a Copa e outros temas. Porque ele, político estreante, teve a coragem, e porque tudo me pareceu tão evidente, e tão corajoso neste nosso teatro de invenções e negação da realidade. Animou-me um deputado comentar que ali no Parlamento poucos de verdade trabalham; que muito do que se anuncia sobre a Copa é bastante improvável; e que há perigo de também nela acontecerem propina, desvio de dinheiro, o circo habitual. En

A maturidade emocional

  A maturidade emocional é um processo contínuo que reflete a capacidade de conhecer e administrar suas emoções e compreender o estado emocional dos outros. Ela requer do indivíduo ser adulto, ver as coisas realmente como elas são, sem medos, fantasias, preconceitos, dependências ou co- dependências, raivas, frustrações, ciúme etc. Ser maduro não é fácil, exige a superação de hábitos e crenças muitas vezes firmemente arraigadas, para olhar a vida por prismas diferentes. Para conquistar a Maturidade Emocional é necessário: - Ser responsável por si mesmo e não culpar alguém pelos erros cometidos - Não usar desculpas para os fracassos que venha a obter - Agir isento de emoções e preconceitos - Aceitar o inevitável - Automotivação e Bom humor - Autoconhecimento - Auto-estima - Ser cooperativo - Compartilhar - Lidar bem com as críticas - Ser independente - Empático e sensível às necessidades dos outros. As competências emocionais são aprendidas e aperfeiçoadas com os relacionamentos. A mat

Sexo e Sexualidade

  Sexualidade é um termo amplamente abrangente que engloba inúmeros fatores e dificilmente se encaixa em uma definição única e absoluta. Teoricamente, a sexualidade assim como a conhecemos, inicia-se juntamente à puberdade ou adolescência, o que deve ocorrer por volta dos 12 anos de idade (Art. 2º – Estatuto da Criança e do Adolescente). Entretanto, em prática, sabemos que não se configura exatamente desta forma. O termo “sexualidade” nos remete a um universo onde tudo é relativo, pessoal e muitas vezes paradoxal. Pode-se dizer que é o traço mais íntimo do ser humano e como tal, se manifesta diferentemente em cada indivíduo de acordo com a realidade e as experiências vivenciadas pelo mesmo. A noção de sexualidade como busca de prazer, descoberta das sensações proporcionadas pelo contato ou toque, atração por outras pessoas (de sexo oposto e/ou mesmo sexo) com intuito de obter prazer pela satisfação dos desejos do corpo, entre outras características, é diretamente ligada e dependente de

ANTROPOCENTRISMO

Recebe o nome de antropocentrismo a ideia, surgida na Europa do fim da Idade Média , que considera o Homem o centro do cosmos. O antropocentrismo sugere que o homem deve ser o centro das ações, da expressão cultural, histórica e filosófica. Tal filosofia ganhará popularidade em detrimento de outra predominante, o teocentrismo, onde Deus (no caso, o deus da tradição judaico-cristã) preponderava como referência central na vida do cidadão comum. Como consequência, este momento na história europeia marca a separação entre Teologia e Filosofia, resultado do surgimento do humanismo renascentista, que eleva o antropocentrismo a ideia central. É a chegada de uma nova era, um tempo que valoriza a razão, o homem, a matéria, onde ter prazer em viver não é mais visto universalmente como pecado. Em suma, é uma ruptura com o período anterior. Como pano de fundo para esta ruptura, há ainda um conjunto de fatores a serem considerados, como a decadência da poderosa estrutura da igreja católica e a

Reconciliar-se com minha essência e com os outros…

O que eu posso, eu não posso como quero! Eu posso com menos possibilidades. Se eu não posso modificar a vida, quero deixar que a vida me modifique. Se eu não posso mudar o acontecimento, então eu quero que o acontecimento me modifique. Isso é reconciliar os contrários. Isso é descobrir a sabedoria da possibilidade. Não é do jeito que eu quero, mas vai ser o jeito que pode! E aí o meu coração se meche assim como o organismo busca forças para reconciliar a carne e cicatrizar aquele lugar que está ferido. Todo o meu organismo se meche, se volta para aquela urgência. Todo o meu coração se move na tentativa de descobrir o significado para a vida naquele instante. E se a gente obedece a essa regra da cicatrização do momento, a gente acorda melhor no outro dia. Sabe porque? Porque a ferida parou de sangrar um pouco. Não significa que a dor deixou de existir dentro de nós, não significa que o problema deixou de existir, não! Só que há um jeito diferente de lidar com ele agora, e eu preciso des